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A visita recente de Rodrigo da DuVale Queijos ao GedeCast trouxe à tona uma reflexão intrigante sobre a elasticidade de marca. 

Inicialmente envolvido com um depósito de água e gás, Rodrigo decidiu resgatar as tradições de seus avôs, direcionando seu empreendimento para a produção de queijos e derivados de leite. Esse resgate não apenas reacendeu as raízes familiares, mas também resultou em reconhecimento internacional, com seus queijos artesanais conquistando prêmios renomados. Essa trajetória de sucesso ressalta a capacidade de uma marca se esticar, adaptando-se a novos horizontes sem perder sua essência

No contexto regional, percebemos um movimento semelhante, onde diversos pequenos produtores investem na produção de laticínios artesanais, alcançando projeção internacional. A qualidade e a autenticidade desses produtos têm colocado nossa região no mapa global como uma referência na produção de leite e seus derivados.

Mas essa elasticidade de marca não precisa ser de produtos do mesmo nicho?

Não necessariamente. A elasticidade de marca pode ocorrer dentro do mesmo nicho ou em nichos diferentes, desde que haja uma coerência e uma conexão entre a marca e os novos produtos, categorias ou mercados. Por exemplo, a DuVale queijos se manteve no nicho de laticínios, mas se diversificou em diferentes tipos de queijos e derivados de leite. 

A escolha do nicho depende da estratégia da marca, da demanda do mercado, da concorrência, da capacidade de produção, da comunicação e do posicionamento. O importante é que a marca consiga transmitir o seu valor, a sua qualidade e a sua diferenciação para os consumidores, independente do nicho que ela escolher.

Sobre uma marca que se “estica” no mesmo nicho. 

Para esse exemplo podemos citar a Boa Nova, uma cooperativa de Valença que, por décadas, teve sua manteiga como carro chefe e hoje, também é referência na produção de requeijão. A Boa Nova soube aproveitar a sua tradição e a sua qualidade para se diversificar e se atualizar, oferecendo novos produtos que atendem às preferências e às necessidades dos consumidores.

O branding da Boa Nova, explora o fato de que ela oferece diversos produtos para compor sua mesa. Você pode dividir momentos em família com produtos que vão desde o leite, a manteiga e o requeijão até o doce de leite da marca. 

Esses casos evidenciam como a elasticidade de marca é essencial para o sucesso a longo prazo. A capacidade de se reinventar, explorar novas oportunidades e atender às demandas em constante evolução do mercado são características que tornam uma marca resiliente e relevante. A história de Rodrigo da DuVale e a transformação da Boa Nova ilustram vividamente como as marcas podem se esticar, adaptar e prosperar em meio às mudanças, mantendo-se conectadas às suas raízes e conquistando novos horizontes.